Mercado oferece tecnologias equivalentes de forma menos invasiva, com menores riscos e custos reduzidos. Entenda porque é possível desconstruir o uso de rede can em relação a: hodômetro real, velocidade do painel e uso de cinto
Muitas empresas solicitam que os rastreadores contem com Rede Can – rede de comunicação entre as unidades de controle do carro, que operam através de protocolos -, insistindo na alternativa. No entanto, muitas vezes existe um desconhecimento de que outras tecnologias disponíveis no mercado conseguem suprir muito bem as informações e a aplicabilidade que vem em Rede Can.
Para falar sobre o assunto, conversamos com o Gerente de Engenharia e Infraestrutura da GolSat, Bruno Monteiro, que mostrou o quanto é possível desconstruir o uso de rede can em relação a: hodômetro real, velocidade do painel e uso de cinto.
Confira na íntegra.
Existe a sensação de que a velocidade do painel está sempre 100% correta. Isso é verdade? Fale um pouco sobre as variações que podem ser encontradas no hodômetro e velocímetro do veículo.
Não é verdade que a velocidade do painel é 100% certa. As montadoras utilizam uma margem de segurança nos hodômetros dos veículos. Por este motivo é comum observar uma diferença entre o velocímetro do veículo e a velocidade informada por equipamentos baseados em GPS (celulares e equipamentos de telemetria).
Variações no hodômetro e velocímetro do veículo são encontradas caso ocorram modificações nas medidas de aro e pneu do veículo, resultando em velocidade e hodômetros divergentes. Apesar de influenciar na variação dos valores mencionados, oscilações na pressão dos pneus do veículo ou o desgaste do mesmo não apresentam impacto significativo.
Hoje, temos o próprio GPS que faz uma aferição muito mais exata e está disponível em todos os rastreadores de mercado que não possuem Rede CAN.
Quanto ao sensor de cinto de segurança, o fato dele estar acionado pode ser motivo de tranquilidade ao gestor de frotas?
Não. Sabemos que muitos gestores se sentem mais seguros ao ter a informação de que o condutor está usando o cinto de segurança. Porém, o fato do sensor estar acionado, não significa que o condutor está utilizando o cinto de forma correta. Já tivemos várias experiências de motoristas que plugavam o cinto de segurança por trás de si mesmo ou adquiriam uma fivela avulsa no mercado, passando a informação para o gestor de frota de que estavam utilizando o cinto, mas que na verdade estavam burlando a segurança do veículo e passando uma informação errada para o seu gestor.
O quanto é importante ter muitas outras informações, além do uso do cinto de segurança, para conscientizar e buscar a cultura de boa educação no trânsito?
Na GolSat, nós trabalhamos numa gestão muito mais preventiva do que punitiva, vimos que muitos gestores buscam informação de cinto de segurança para gerar relatórios que busca punição a seus condutores.
Ao longo do tempo, vimos que existem muitas outras informações que podem ser usadas para buscar essa conscientização. Dentre elas, uma muito importante é o alerta sonoro, que é ativado após uma infração, como excesso de velocidade, por exemplo. Dessa forma, o condutor sabe que está fazendo algo errado e o alerta só vai cessar quando ele parar de realizar este comportamento. Com isso, já temos como prevenir e melhorar a forma como os condutores dirigem. Isso no curto, médio e longo prazo, pode trazer muito mais benefício, já que o condutor se sente cuidado, com ambiente mais leve e, ao mesmo tempo, cria uma cultura de boa Educação no Trânsito.
Aponte outros problemas e perigos possíveis que a interferência da Rede CAN pode causar no veículo
– Se não tiver uma pessoa qualificada para realizar a instalação, podemos encontrar dificuldades ou falhas pontuais no funcionamento do veículo;
– Caso um terceiro tente sabotar a instalação do equipamento de telemetria, podem ocorrer danos severos ao chicote do veículo, o que convenhamos, não é o tipo de fio que você quer remendar, caso arrebente;
– Dependendo do modelo do veículo, tem facilidade para remover o conector OBD por alguém mal-intencionado. Existem modelos de veículos que a porta OBD fica exposta ou não permite que os acabamentos plásticos sejam instalados caso tenha outro componente ligado na porta;
– Se for um equipamento que fica solicitando parâmetros ativamente, pode ocupar a Rede CAN com mensagens não necessárias despriorizando pacotes importantes e fazendo com que o veículo não funcione corretamente;
– Para diferentes veículos, é necessário um processo de engenharia reversa para cada modelo/ano para mapear as informações desejadas da rede CAN. Isso gera um custo de desenvolvimento, e consequente aumento de custo para o cliente.
Mercado oferece outras tecnologias
O mercado oferece interessantes e inovadoras opções de tecnologias, que não possuem o uso de red can, e que podem ser consideradas mais eficazes e seguras, além de menos invasivas e com custo reduzido.
Diante de todos os argumentos expostos, o gerente da GolSat enfatiza que é possível afirmar com segurança que existem opções de rastreadores e soluções, que possuem tecnologia equivalente e com uma série de benefícios que o uso de red can não alcança.
Entende, gestor, por que é possível desconstruir o uso de rede can? Ficou com mais alguma dúvida sobre o assunto? Deixe aqui nos comentários. Queremos te esclarecer e oferecer as melhores soluções para a sua frota.