Os pneus são vitais para a segurança veicular. Eles são os responsáveis por conferir maior estabilidade e dirigibilidade ao veículo, além de exercer a função de tração e frenagem. Assim, é natural que eles mereçam atenção especial por parte do condutor.
A pedido do PARAR, César Urnhani, piloto de testes e apresentador do Auto Esporte, e Roberto Manzini, diretor do Roberto Manzini Centro Pilotagem, separam algumas dicas para você obter o melhor rendimento e eficiência dos pneus.
Aumentar a durabilidade
A durabilidade dos pneus depende de vários fatores. O cuidado e a forma de conduzir fazem toda a diferença. É importante que os pneus sejam calibrados semanalmente e que o veículo esteja devidamente alinhado, assim como os pneus balanceados. Além disso, é fundamental que o motorista faça a sua parte:
- Utilize o máximo do freio motor (redução de marchas, mesmo para câmbios automáticos) e menos o freio de pé;
- Não acelere forte, mas sim de forma progressiva;
- Evite fazer curvas em alta velocidade.
Segurança
Para garantir segurança ao rodar, é importante dar atenção aos seguintes itens:
- Garantir que os quatro pneus tenham a mesmas especificações técnicas do equipamento original de fábrica;Calibre o pneu sempre frio, uma vez por semana e com a pressão especificada pelo fabricante do veículo;
- Tenha o carro sempre alinhado e pneus balanceados;
- Não rode com os pneus nos limites indicados pelo fabricantes em relação ao TWI, que é de 1,6mm, pois, em caso de piso molhado a possibilidade de aquaplanagem é enorme. Visando minimizar esse risco, o recomendado é trocar antes, com 2,5 ou 2mm.
Atenção com a calibragem dos pneus!
É a pratica mais simples, porém a mais importante. Pneus calibrados garantem:
- Menor consumo do pneu;
- Menor consumo de combustível;
- Melhor dirigibilidade;
- Menor vulnerabilidade a formação de bolhas ou cortes em impactos nos buracos;
- Menor distância de frenagem;
- Maior aderência no seco e principalmente no molhado.
Na prática
Em um exercício chamado de “desvio de alce”, feito pelo Roberto Manzini Centro Pilotagem, o veículo faz, em uma pista balizada por cones, desvios para a direita e esquerda, percorrendo alguns metros nesta posição, saindo e voltando para sua trajetória inicial.
Durante o teste, o piloto aumenta a velocidade progressivamente, até determinar uma velocidade limite, que é aquela onde não há necessidade de correções de trajetória.
Utilizando a calibragem recomendada pela montadora de 32 psi, foi possível realizar a ação com segurança e sem ter que corrigir a trajetória a 95 km/h. Já depois de reduzir a pressão dos pneus em 21,9%, passando para 25 psi, para manter a trajetória sem realização de correções, a velocidade limite baixou para 78 km/h, ou seja, houve uma perda de dirigibilidade de 17,9%.
“Além disso, ao trefegar com pneus abaixo do determinado pelo fabricante, houve aumento de aproximadamente 5% no consumo de combustível”, revelou Roberto Manzini.
Pneus em teste
Dada à sua devida importância, os pneus não podem ser escolhidos apenas pelo preço. É fundamental que se faça uma escolha baseada no modelo mais indicado para seu veículo e proposta de uso. Dessa forma, os testes de pneus se revelam como importantes fontes de consulta para se avaliar e comparar parâmetros antes da compra.
De acordo com Cesar Urnhani, os testes partem primeiro do tipo de veículo que o equipa. “Se for um carro esportivo, o foco em durabilidade e conforto é baixo, porém em estabilidade e aderência é alto. Já se for um carro popular, existe uma preocupação maior com conforto e durabilidade, sem perder um ponto ideal de estabilidade. Mas seja qual for o seguimento tem um item que é igual para todos: a segurança”.
O piloto destaca que os pneus devem ser submetidos a três níveis de testes:
- Velocidade baixas de cotidiano com conforto, dirigibilidade e estabilidade direcional;
- Velocidades no limite de aderência para avaliar o desempenho e segurança;
- Velocidades que extrapolam o limite para avaliar a controlabilidade quando existe uma situação de emergência em piso seco e molhado.
E ai, já checou seus pneus hoje?
Por: César Urnhani e Roberto Manzini, para PARAR Review.