Um problema que se acentuou nos últimos meses e que afeta diretamente o mercado automobilístico é a crise dos semicondutores. A falta do produto está prejudicando grandes montadoras e, em decorrência, o fornecimento de carros e, claro, a gestão de frotas. Quer entender mais sobre a situação? Vamos te explicar.
Tudo começou no início da pandemia, em que houve uma desaceleração na produção de veículos, inclusive com o fechamento de fábricas. Com isso, as montadoras suspenderam as encomendas dos semicondutores utilizados nos veículos.
Como são materiais capazes de conduzir correntes elétricas, os semicondutores não são usados somente em carros, mas também em aparelhos eletrônicos, como smartphones, televisores, videogames e computadores. Essa variedade de aplicações foi outro agravante.
Isso porque enquanto a procura despencou por parte das montadoras de veículos, a busca pelo item cresceu nos demais mercados. Sendo assim, a produção foi direcionada aos outros segmentos.
Para agravar a situação, em março deste ano, aconteceu um incêndio na fábrica de chips da Renesas Electronics, no Japão. A fábrica, que responde por 30% da produção mundial do material, pegou fogo devido a uma sobrecarga elétrica, acentuando ainda mais a escassez global de semicondutores.
Indústrias de semicondutores não conseguem atender a demanda
Quando a indústria automobilística voltou a aumentar o ritmo de produção e tornou a encomendar o material, a demanda das fábricas de semicondutores estava muito alta em razão dos outros mercados e impactada com as consequências do incêndio.
Sendo assim, a falta de semicondutores tornou-se inevitável no setor automobilístico. A imprensa vem noticiando que grandes montadoras, como Volkswagen, Chevrolet, GM, Honda e Volvo, suspenderam suas produções, sendo a falta de componentes, em especial os semicondutores, um dos motivos principais. As consequências, sem dúvidas, são muitas e impactam também na gestão de frotas.
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O quanto a crise afeta na gestão de frotas?
Com a crise dos semicondutores, a gestão de frotas acaba enfrentando o problema de falta de veículos. O mercado das locadoras, por exemplo, apesar de aquecido, sofre com a entrega dos veículos, uma vez que as montadoras enfrentam falta de insumos.
Projeções da Associação Brasileira de Montadoras de Automóveis apontam que em 2021 deve haver entre 380 e 400 mil carros comprados. Em um ritmo normal de mercado, esse número chegaria a 800 mil veículos. Na prática, haverá uma rotatividade muito menor de carros nas frotas.
Com isso, o gestor se esbarra em uma frota mais envelhecida. Antes da pandemia, a “idade” média dos veículos girava em torno de 14 e 15 meses. Atualmente, chegou em 20 meses. E não tem jeito, pois a previsão de recuperação de troca de carro depende do fornecimento de insumos.
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O gestor de frotas deve estar a par da realidade e buscar meios de enfrentar a situação com eficiência. As tecnologias veiculares disponíveis tornam-se cada vez mais essenciais, uma vez que oferecem ao gestor informações detalhadas e de extrema relevância, permitindo avaliar o “comportamento” da frota – no caso mais envelhecida devido à realidade enfrentada – e tomar as medidas cabíveis.
A telemetria veicular da Golfleet, por exemplo, oferece relatórios vastos de informações, dando todo o suporte necessário para a tomada de decisão do gestor, para conduzir este momento com economia, segurança e organização.
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Há perspectiva para o final da crise dos semicondutores?
A agência de classificação de risco Fitch Ratings, apontou que a crise dos semicondutores e o problema de fornecimento devem continuar ainda neste segundo semestre. Perspectivas mais otimistas apontam que o mercado automobilístico pode voltar a operar mais próximo da normalidade somente no segundo trimestre de 2022 ou quiçá em 2023.
Até lá, os gestores de frotas e os profissionais do mercado automobilístico sofrerão os impactos da situação, buscando sair mais fortalecidos dela. Por aí, como estão driblando a crise dos semicondutores?