Se você está sempre por dentro dos assuntos atuais e novas tecnologias então provavelmente já ouviu falar sobre carros autônomos.
Cada dia que passa os veículos estão mais conectados e esta é uma tendência automotiva que gradualmente se consolida ao redor do mundo inteiro.
É nesse contexto que surgem os carros autônomos, uma solução inovadora para o futuro das frotas ao prometerem resolver grande parte dos problemas que a mobilidade urbana enfrenta atualmente.
Afinal, eles contribuem para uma maior eficiência e segurança no trânsito e nos transportes de maneira geral.
Ainda não conhece tudo sobre estes veículos e gostaria de conferir suas características e que muda com sua chegada? Então continue a leitura.
Como os carros autônomos funcionam na prática?
Quais são os prós e contras da automação?
Quais são os níveis de automação?
Nível 1: Auxílio ao motorista
Nível 2: Automação parcial
Nível 3: Automação condicional
Nível 4: Alta automação de direção
Nível 5: Automação plena
O que são carros autônomos?
A principal característica dos carros autônomos é que possuem um sistema de navegação que não depende do controle direto de um motorista.
Dessa forma, combina perfeitamente sensores e software para controle, navegação e direção, fatores que os diferenciam de veículos convencionais ou até mesmo carros elétricos.
Em outras palavras, é capaz de se guiar sozinho, realizar os caminhos que precisa seguir e tomar decisões necessárias de forma autônoma com o suporte de inteligência artificial.
Vale ressaltar que os projetos estão relacionados a outras inovações tecnológicas também projetadas para o futuro em seu desenvolvimento. Afinal, um carro não pode ser inteligente se a cidade inteira não for também.
Como os carros autônomos funcionam na prática?
Um dos grandes objetivos das montadoras ao redor do mundo todo é justamente chegar ao ponto em que um condutor seja dispensável na operação do veículo.
Afinal, existe uma grande preocupação com o futuro da mobilidade por parte das empresas do segmento.
Leia mais: O carro autônomo e o futuro das montadoras
A realização do projeto só é possível graças a tecnologias automotivas que mapeiam os arredores dos carros com a utilização de sensores.
Nesse sentido, funcionam como uma espécie de radar com uma visão em 360º, que sinaliza a presença de outros veículos e pedestres.
Uma das grandes vantagens é que os equipamentos percebem situações que dificilmente o olho humano seria capaz de captar, o que aumenta consideravelmente sua integridade.
Afinal, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que praticamente 90% dos acidentes são causados por fator humano.
Além disso, os carros autônomos contam com outras ferramentas de software modernas responsáveis por assimilar informações.
Portanto, entregam de forma instantânea os melhores caminhos a serem seguidos e o momento exato de acelerar, frear ou mudar de direção.
Para isso, inúmeras inovações estão sendo desenvolvidas, trabalhadas e testadas nos carros autônomos, são elas:
- Sensores externos: câmera estereoscópica e infravermelha, radar, sonar e LIDAR (um dispositivo que utiliza pulsos de laser para fazer a varredura do ambiente).
- Componentes de conectividade e tecnologia: ESC, iBooster, GPS, velocímetro, hodômetro e inteligência artificial.
Quais são os prós e contras da automação?
O caminho para a automatização de veículos pode promover algumas mudanças na forma como lidamos com trânsito, direção, sustentabilidade no transporte e mobilidade humana no nosso dia a dia.
Pensando nisso, nós mapeamos algumas das principais vantagens e desvantagens da incorporação da tecnologia no nosso cotidiano.
Vantagens dos carros autônomos
- Segurança no trânsito;
- Economia de tempo;
- Menos poluição ao meio ambiente;
- Mais praticidade e conectividade;
- Organização no fluxo de veículos.
Desvantagens da automação
- Baixa acessibilidade;
- Alto custo de desenvolvimento;
- Complexidade no processo de adesão;
- Manutenção complicada;
- Vulnerabilidade a ataques cibernéticos.
Quais são os níveis de automação?
Agora que você já sabe melhor como os carros autônomos funcionam e o que os diferenciam de outros veículos convencionais, é importante que você conheça a escala de níveis de autonomia que os norteia.
Em suma, a Sociedade dos Engenheiros Automobilísticos (SAE) criou a classificação para diferenciá-los de acordo com seu grau de automação.
Dessa forma, fica mais fácil identificar cada modelo, tanto para profissionais da área quanto para os próprios consumidores.
Confira agora as características de cada nível:
Nível 0: Sem automação
Como você já deve ter deduzido, o veículo depende por completo do ser humano, que exige um controle de forma 100% manual e máxima atenção do motorista.
Ainda assim, é amplamente difundido como modelo antes da criação da tecnologia.
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Nível 1: Auxílio ao motorista
O grau mais simples e encontrado em muitos veículos atualmente. Porém, já existe algum sinal de tecnologia autônoma, que se restringe a avisos aos motoristas.
Nele, o carro possui assistência básica do condutor na direção, que conta com o auxílio de recursos como piloto automático.
No entanto, ainda depende da intervenção humana, que facilita coordenadas do controle de faixa ou de velocidade.
Nível 2: Automação parcial
Aqui sim o sistema apresenta maiores avanços e existe uma autonomia parcial dos carros, uma vez que permite o controle do volante e dos pedais sozinho.
Logo, o tráfego sem interferência humana é possível por alguns quilômetros, ainda que o motorista precise estar atento para agir em situações de risco.
Ainda assim, os veículos realizam funções mais avançadas sem interferência direta do condutor, como frenagens mais bruscas.
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Nível 3: Automação condicional
Por meio da detecção com sensores, o carro consegue reconhecer o ambiente em que está e tomar algumas decisões sem intervenção.
Contudo, ainda precisa de supervisão humana, uma vez que existe certa limitação de tempo e velocidade.
Ou seja, o condutor deve estar pronto para interferir no caso do veículo não conseguir executar certos comandos ou movimentos.
Nível 4: Alta automação de direção
O carro assume o controle da direção quase que totalmente, pode operar sozinho e tem capacidade para tomar decisões graças à inteligência artificial.
No entanto, ainda pode solicitar a ajuda do motorista em alguns momentos, que pode ser acionado em casos de emergência e acontecimentos que fogem do planejado.
A partir do nível 4 o condutor pode dormir, mexer no celular ou até mesmo ler um livro enquanto a máquina trabalha completamente e sem depender da ação humana.
Porém, ainda existem algumas barreiras, já que o carro pode encontrar dificuldades para trabalhar em condições climáticas adversas e não se adaptar aos possíveis problemas de condição de pista como óleo e resíduos.
Nível 5: Automação plena
O último nível ainda funciona como um objetivo a ser alcançado, uma vez que aqui os carros são considerados totalmente autônomos e podem atuar sem interferência humana em ruas, avenidas e rodovias.
Além disso, dispensam o uso de peças importantes como volantes e pedais, podem tomar decisões e corrigir possíveis falhas.
Portanto, o passageiro pode fazer outras atividades dentro do carro sem preocupações. Os benefícios são o fim da imprudência no trânsito e fugas criminosas com veículos.
Leia mais: Segurança no trânsito: importância da cultura de direção segura na gestão de frota
Os carros autônomos já são uma realidade?
Atualmente, existem grandes empresas experimentando a ideia da inteligência artificial. Em países europeus e nos Estados Unidos existem carros autônomos em fases de testes ou em protótipos.
Portanto, já é possível ver alguns dos automóveis em suas variações de níveis de autonomia pelas ruas.
Leia mais: O carro autônomo e o futuro das frotas
No Brasil, os carros autônomos não fazem parte da nossa realidade completamente. Porém, já existem veículos dos níveis 1 e 2 em circulação ou fase de testes.
Entre os principais desafios enfrentados pelo nosso país está o fato de que a adesão desses modelos está diretamente ligada ao alto custo de implementação.
Além disso, a carência nos sistemas de campos tecnológicos e a falta de infraestrutura necessária também são fatores que influenciam o desenvolvimento deste tipo de projeto.
O que muda com a chegada dos carros autônomos?
Com a autonomia na condução de veículos que o sistema de carros autônomos propõe, boa parte das interações humanas serão substituídas.
Ou seja, as empresas e os projetos de carros autônomos não levam em consideração apenas conforto e praticidade, aqui as questões de segurança estão em evidência.
Dessa forma, com menos erros humanos e mais conhecimento e experiência acumulados, fatores como desgastes, quebras e falhas tendem a ser menos recorrentes.
Basicamente, todo o setor automotivo será atingido e atividades como o mercado de peças de reposição, postos de combustíveis, comércio de veículos e oficinas mecânicas serão impactadas.
A palavra da vez é mobilidade e tudo isso garante mais segurança para os condutores.
Porém, precisamos ter um pouco mais de paciência até que os carros autônomos estejam mais presentes na nossa realidade.
Nesse meio tempo, as tecnologias continuam avançando em outras frentes e transformando a gestão de frotas.
Por exemplo, a videotelemetria é a solução ideal para diminuir custos, aumentar a produtividade e promover mais segurança no trânsito.
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