Ainda que os gestores façam tudo o que está ao seu alcance para garantir a segurança das suas operações, os acidentes de carro ainda são uma triste realidade e impossíveis de prever.
Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostrou alguns dados preocupantes, 4.127 pessoas perderam a vida em 49.734 sinistros registrados entre janeiro e setembro de 2023.
Mas é importante estar preparado para lidar com situações como essa e entender quais são os deveres da empresa com funcionário acidentado, ou ainda a responsabilidade do funcionário com veículo da empresa.
Dessa forma, é possível evitar que novos casos ocorram, principalmente quando levamos em consideração as consequências graves para todos os envolvidos. Como isso gera muitas dúvidas, criamos um conteúdo completo sobre o assunto.
Bati o carro, e agora?
O que fazer durante um acidente com o veículo da empresa?
Quem paga o acidente com o veículo da empresa?
Quais são as principais causas de acidente de carro?
Quais são as consequências de um acidente com o veículo da empresa?
A importância da tecnologia para reduzir e evitar acidente de carro
Bati o carro, e agora?
Antes de mais nada, vamos explorar o cenário mais grave possível. Quando ocorre um acidente com o veículo da empresa, existem alguns procedimentos obrigatórios por lei que devem ser adotados.
1. Retirar o veículo da via
Se não houver vítimas e, é claro, se for possível dirigir o carro até o acostamento, é essencial e obrigatório desobstruir a via.
2. Sinalizar o acidente de carro
Se o carro estiver tão danificado a ponto de precisar ser empurrado, mas a estrada estiver muito movimentada e não for seguro retirá-lo da faixa, evite executar essa manobra. Em vez disso, siga os procedimentos a seguir:
- Pelo acostamento ou calçada, caminhe alguns metros até o local do acidente para posicionar o triângulo de sinalização. De acordo com a resolução do Contran, a distância mínima para posicionar o acessório é de 30 metros atrás do veículo. O triângulo deve ser colocado na faixa onde ocorreu a colisão – ou seja, seguindo a linha onde o veículo está.
- O recomendado é posicionar a sinalização a uma distância de um metro para cada quilômetro do limite máximo de velocidade – se a estrada tem um limite de 70 km/h, posicione o triângulo a 70 metros do local. Caso haja neblina, essa distância pode ser dobrada, além de ser recomendável o uso de galhos e outros objetos para sinalização.
- Enquanto você caminha pelo acostamento em direção ao local de posicionamento do triângulo, é aconselhável fazer gestos para os carros que se aproximam, avisando-os para reduzirem a velocidade devido ao acidente à frente.
Todo esse procedimento deve ser realizado com extrema cautela, logo após o acidente e enquanto a polícia está a caminho.
3. Chamar as autoridades locais
Isso pode parecer óbvio, mas é necessário chamar as autoridades locais, especialmente em acidentes com vítimas. É importante que seus motoristas tenham esses procedimentos claros e sejam orientados, não apenas porque o seu negócio pode enfrentar consequências legais, mas também porque é uma questão de segurança para todos os envolvidos.
4. Prestar socorro
As emoções ficam à flor da pele nessas situações. No entanto, sempre que houver vítimas, é nossa obrigação legal prestar assistência, e deixar o local sem oferecer ajuda é considerado crime.
Lembrando que, nessas circunstâncias, os veículos não podem ser removidos e apenas os bombeiros ou a polícia podem fazer isso ou permitir a movimentação.
Sugestão de leitura: Segurança no trânsito: importância da cultura de direção segura na gestão de frota
Perguntas frequentes sobre acidente com o veículo da empresa
O que acontece se eu bater o carro da empresa?
Em primeiro lugar, é fundamental comunicar imediatamente o ocorrido ao seu superior ou à pessoa responsável pela frota de veículos da empresa. Dependendo da gravidade do acidente, será necessário acionar as autoridades e providenciar os cuidados necessários.
Quando o funcionário bate o carro da empresa quem paga?
Se ocorrer um acidente com o carro da empresa, é responsabilidade da mesma arcar com os custos do reparo do veículo danificado. No entanto, se o acidente for causado por negligência do motorista, a empresa tem o direito de cobrar os custos do reparo dele.
Pode descontar do funcionário batida de carro?
É imprescindível comprovar que o empregado teve culpa no acidente de trânsito envolvendo o veículo da empresa para que seja permitido o desconto em seu salário como forma de reparação pelos danos causados, desde que isso tenha sido acordado em contrato por ambas as partes. Caso contrário, o empregador deve ressarcir os valores indevidamente deduzidos.
Quem responde pelo veículo da empresa?
De acordo com a legislação trabalhista, a responsabilidade pelo veículo recai sobre a empresa. O empregado só será responsabilizado em caso de acordo contratual e somente se o acidente for intencional ou negligente.
O que fazer durante um acidente com o veículo da empresa?
É mais fácil falar do que fazer, mas em casos de acidente com o veículo da empresa, é preciso que seus motoristas tentem manter a calma para agir da forma correta e evitar consequências que, muitas vezes, são evitáveis.
Nesse sentido, a primeira medida que deve ser tomada é verificar as condições físicas e mentais das pessoas envolvidas, sejam eles seus colaboradores ou terceiros.
Caso você, gestor de frota, seja avisado sobre o acidente imediatamente após o ocorrido, também é seu papel priorizar a integridade dessas pessoas. Os danos aos veículos podem ser reparados depois e não são uma prioridade nesse momento.
Ou seja, se alguém estiver ferido, é preciso acionar imediatamente o socorro médico. Assim como comunicar o ocorrido à polícia, registrar um boletim de ocorrência e acionar o seguro do veículo.
Sugestão de leitura: Sinistro: o que é e como ele impacta sua gestão de frotas?
Mas e em relação ao veículo? Bom, caso o acidente tenha sido mais grave, a polícia se encarregará de realizar uma perícia no local para colher evidências sobre a colisão.
Se os danos foram apenas materiais e ninguém sofreu ferimentos, a indicação é aquela que mencionamos anteriormente: retirar o veículo da via o quanto antes e colocar uma sinalização adequada. Isso preserva a segurança dos envolvidos e ainda evita engarrafamentos ou até mesmo novos acidentes.
Quem paga o acidente com o veículo da empresa?
O artigo 932 do Código Civil brasileiro institui que o empregador é responsável pelos danos causados por seus empregados no exercício do trabalho.
Em outras palavras, se um de seus colaboradores se envolver em um acidente com o veículo da empresa, a responsabilidade de arcar com os custos decorrentes dessa situação é da sua organização.
Por outro lado, se o funcionário agiu com negligência, imprudência ou imperícia, a sua empresa pode ser responsabilizada parcialmente ou integralmente pelos danos causados.
Caso houver terceiros envolvidos no acidente, essa responsabilidade é mensurada a partir do que houve no momento da colisão.
Vamos supor que fica comprovado que o acidente ocorreu por falha mecânica ou por negligência na manutenção veicular, a companhia deverá pagar também pelos gastos do terceiro.
O mesmo vale para quando é verificada imprudência do motorista da frota, uma vez que a responsabilidade do funcionário com veículo da empresa é ter uma abordagem de direção defensiva no trânsito.
Agora você deve estar se perguntando se a empresa responde por dano causado por seu motorista ou se é possível descontar o pagamento do conserto do veículo do seu salário.
Bom, a resposta depende de várias questões, mas saiba que a Consolidação das Leis de Trabalho é bastante rígida em relação a esse procedimento.
Sugestão de leitura: Desconto em folha de pagamento de danos e avarias
Isso só acontece de fato quando a empresa levanta uma série de provas que garantem a comprovação de um comportamento inadequado ou imprudente do colaborador no momento do acidente.
Mesmo assim, o funcionário deve ter seu direito de defesa garantido. É imprescindível que exista diálogo e levantamento de evidências para uma correta responsabilização de cada parte.
Quais são as principais causas de acidente de carro?
Já abordamos os cenários mais graves dos acidentes de trânsito com o veículo da empresa, agora vamos conversar sobre as diversas condições que podem causá-los, incluindo o acaso.
Isso porque existem alguns fatores que influenciam diretamente esse problema, especialmente quando o assunto é treinamento inadequado, má gestão e falta de manutenção preventiva.
A boa notícia é que esses aspectos são preveníveis, então, confira abaixo alguns desses pontos que podem gerar acidentes.
Excessos de velocidade
Uma das principais causas de acidentes no trânsito em todo o mundo é ultrapassar os limites de velocidade, tirando a vida de mais de 1,3 milhão de pessoas, e quem está apontando isso é a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Normalmente, esse desrespeito acontece por conta de má conduta, ou simplesmente porque os condutores não podiam se atrasar ou queriam um tempo livre após as atividades.
Então, a falta de monitoramento acaba sendo uma grande vilã, já que os motoristas atingem a velocidade que querem e realizam trajetos sem o conhecimento dos gestores.
Sugestão de leitura: As consequências do excesso de velocidade
Falta de treinamento
Muitos acidentes ocorrem porque não existe um treinamento adequado para os motoristas responsáveis por dirigir veículos comerciais. E isso não inclui apenas a operação em si, mas também os cuidados que devem ser tomados para garantir a segurança dos passageiros e pedestres.
Fadiga no trânsito
Outro fator importante por trás de muitos acidentes é a fadiga no trânsito. Afinal, motoristas cansados estão mais propensos a não manterem a atenção nas vias, o que impede que eles reajam rapidamente a situações inesperadas.
Por isso, a definição de uso dos veículos dentro e fora do horário de expediente é tão crucial.
Manutenção inadequada
A manutenção preventiva e regular dos veículos evita uma série de problemas na gestão de frotas, já que eles estarão sempre em boas condições de funcionamento.
Sendo assim, implementar um plano de manutenção para frota é essencial em qualquer operação, para evitar que a falta de reparos leve a falhas mecânicas, como problemas nos freios, suspensão ou pneus.
De nada adianta seus condutores estarem alerta no trânsito, se os carros não responderem adequadamente aos comandos.
Gestão de frotas negligenciada
Se você é um dos gestores que ainda não utiliza tecnologias para cuidar da sua operação, esse é um sinal de alerta. Afinal, é comum que acidentes de trânsito e outros problemas aconteçam.
Mas a falta de acompanhamento adequado, roteirização eficiente e dados que auxiliam em uma liderança guiada pela segurança são algumas das causas que culminam em acidentes.
Imprudência no volante
Por último, mas não menos importante, a imprudência é outra das principais causas por trás de acidentes com o veículo da empresa. Isso inclui alguns aspectos primordiais, como exceder a velocidade permitida, não sinalizar mudanças de faixa ou conversões, ignorar sinais de trânsito, entre outros.
Sugestão de leitura: Psicologia do trânsito: confira como ter mais segurança e qualidade de trabalho na sua frota
Quais são as consequências de um acidente com o veículo da empresa?
Um acidente com o veículo da empresa pode ter consequências bastante significativas e impactantes. Além dos danos físicos ao veículo, que podem demandar um alto custo para conserto ou reposição, há também os possíveis ferimentos causados aos colaboradores envolvidos no acidente.
Independentemente dos prejuízos, eles podem causar danos em vários aspectos da frota, então confira quais são eles a seguir.
Despesas com manutenção corretiva
Um acidente com o veículo da empresa pode gerar prejuízos financeiros por uma série de razões, mas principalmente na manutenção do automóvel, da sua companhia ou dos envolvidos.
Os gastos com essa manutenção corretiva, além de inesperados, são altos e saem do caixa da sua empresa. Como resultado, as economias são prejudicadas devido a falta de controle e aquele investimento em um sistema de telemetria que você estava planejando terá que esperar por mais tempo.
Redução no rendimento
Outra consequência negativa é a redução no rendimento da frota, uma vez que a operação passa a ter menos veículos a disposição no dia a dia e, em casos com funcionário acidentado, o seu retorno também irá demorar.
Prejuízo financeiro com multas e questões judiciais
Toda a burocracia envolvida nos processos após o acidente com o veículo da empresa também devem ser levados em consideração.
Além dos gastos com multas e avarias, ainda tem o estresse que essas situações naturalmente causam, porque ao invés de usar seu tempo de maneira produtiva, você terá que resolver questões judiciais.
Sugestão de leitura: Riscos de responsabilidade criminal: atenção às questões jurídicas que envolvem a gestão de frotas
Danos à imagem da empresa
Nosso instinto é considerar todos os transtornos para a empresa e os colaboradores, mas outra repercussão é sobre como as pessoas enxergam a sua marca, gerando até uma possível desconfiança por parte dos clientes.
Quando estamos falando sobre processos judiciais, as consequências podem ser ainda piores, uma vez que o nome da sua marca ficará manchado na justiça.
Para prevenir isso, é importante determinar algumas normas específicas sobre a utilização, como o desenvolvimento de um termo de responsabilidade do veículo.
A importância da tecnologia para reduzir e evitar acidente de carro
Bom, acreditamos que ficou bem clara a importância de evitar a todo custo os acidentes de trânsito com o veículo da empresa.
Já conversamos sobre realizar um treinamento eficiente dos motoristas, além de cursos, workshops e orientações de tempos em tempos para a equipe de modo geral.
Seu papel deve ser o de ajudá-los a conduzir de forma segura e consciente, oferecendo todas as informações e recursos de que necessitam para cuidarem melhor deles próprios e de seus veículos.
Por isso, a sua política de frotas precisa incluir regras e normas que estejam de acordo com a legislação de trânsito, que minimizem riscos para saúde e bem-estar dos condutores.
Mas outro ponto crucial é investir em tecnologia, como os sistemas de gestão de frotas. No passado, as empresas tinham poucas soluções disponíveis, fazendo com que a compilação de informações detalhadas para tomada de decisão fosse uma tarefa árdua.
Contudo, ferramentas como a telemetria e a videotelemetria fizeram com que todos os dados necessários pudessem ser visualizados em sistemas fáceis, dinâmicos e completos.
Um clique é o suficiente para gerar relatórios que possibilitam aos gestores entender a situação real da operação e o comportamento dos motoristas, o que representa uma garantia para as tratativas envolvendo um acidente de carro.
Isso porque os sistemas de gestão de frotas podem auxiliar tanto na inibição dos comportamentos de risco, quanto na coleta de provas para o caso, com imagens durante o trajeto do automóvel no caso da videotelemetria.
Também é possível identificar o condutor envolvido na colisão, tornando muito mais fácil a resolução do problema.
Sugestão de leitura: Videotelemetria: uma virada de chave para a segurança no trânsito
Com acesso a essas informações, você tem um controle maior sobre a frota e pode identificar as ações dos colaboradores que podem levar a um possível acidente de trânsito, promovendo a reeducação desses motoristas e agindo de forma preventiva e não só corretiva.
Aqui na Golfleet, nos dedicamos diariamente para levar mais eficiência e segurança para as frotas de todo o Brasil, e podemos fazer o mesmo pela sua, seja o seu objetivo reduzir ou evitar os acidentes com o veículo da empresa.
Para conhecer mais sobre o potencial de um sistema de telemetria, é só acessar o material completo e gratuito abaixo.
