Com tanta inovação na maneira como as empresas cuidam da gestão de frotas, a videotelemetria se destaca por trazer uma camada extra de segurança, inteligência e eficiência para as operações. No entanto, uma dúvida recorrente entre os gestores é: o uso dessa ferramenta está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)?
Pensando nisso, vamos esclarecer essa questão, mostrando como um sistema de videotelemetria pode ser um aliado da segurança no trânsito e da responsabilidade legal, tanto no aspecto da LGPD quanto nas relações trabalhistas.
O que é videotelemetria? Videotelemetria é a integração entre duas tecnologias: o videomonitoramento e a telemetria veicular. Essa funcionalidade permite o registro de imagens (em tempo real ou sob demanda) sincronizadas com dados sobre o comportamento do veículo e do condutor. Com a videotelemetria, é possível identificar o condutor, e entender se ele estava distraído, com sono, utilizando o celular, ou se uma freada brusca foi causada por um obstáculo inesperado. Além disso, permite verificar o que aconteceu em situações de sinistros, contribuindo para uma análise mais justa. Na prática, isso significa mais do que apenas ver o que acontece nas vias. Significa tomar decisões com base em fatos, garantir mais segurança para todos e promover uma cultura de responsabilidade compartilhada. Ao adotar a videotelemetria, o gestor de frota ganha muito mais do que visibilidade. Ele conquista: Ao evitar abusos na condução, como freadas bruscas e curvas perigosas, o desgaste dos veículos diminui, o que prolonga a vida útil da frota. As imagens são utilizadas apenas quando necessário, como em auditorias, sinistros ou revisões de conduta, respeitando os direitos dos colaboradores. Relatórios integrados com vídeos permitem identificar padrões de comportamento e traçar estratégias de segurança mais eficazes. Em casos de acidentes ou disputas judiciais, os vídeos servem como prova confiável, reduzindo o risco de condenações injustas. Ao compartilhar os benefícios da tecnologia com os motoristas e envolver a equipe em iniciativas de segurança, o ambiente organizacional melhora e os condutores se tornam mais engajados. Além disso, a videotelemetria fortalece a imagem da empresa diante de clientes e parceiros, demonstrando compromisso com boas práticas, responsabilidade social e inovação. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709/2018), conhecida como LGPD, estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais no Brasil. Seu objetivo é proteger os direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade. Alguns princípios básicos da LGPD incluem: No contexto corporativo, como o da gestão de frotas, a LGPD também prevê bases legais específicas para o tratamento de dados, como o “legítimo interesse” da empresa ou o cumprimento de obrigação legal ou regulatória. Leia mais: LGPD na gestão de frotas leves: como a Lei Geral de Proteção de Dados afeta o setor? A resposta curta é: não, desde que bem implementada. A videotelemetria não está em desacordo com a LGPD, desde que respeite os princípios da lei. O que garante essa conformidade é a forma como os dados são coletados, armazenados, tratados e compartilhados. Sendo assim, é fundamental que os condutores saibam que estão sendo filmados e que compreendam o propósito dessa funcionalidade e do reconhecimento facial na gestão de frotas. Aqui, a transparência é essencial. O consentimento pode ser uma via, mas não é a única: em muitos casos, o uso da videotelemetria pode se justificar pelo legítimo interesse da empresa em garantir segurança no trânsito, prevenir fraudes e proteger seus ativos e colaboradores. Além disso, os dados devem ser armazenados com critérios de segurança, com acesso restrito e controle de quem pode visualizá-los. A empresa também deve estar pronta para responder a eventuais solicitações dos condutores sobre seus dados. A videotelemetria também pode ser vista como um recurso estratégico na relação entre empresas e colaboradores. Quando usada de forma ética e legal, ela resguarda os direitos de ambas as partes: Vale lembrar que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite o monitoramento de atividades em ambiente corporativo, desde que haja transparência e respeito à dignidade do trabalhador. A videotelemetria, portanto, está alinhada a esse princípio quando usada com responsabilidade. Leia mais: Videotelemetria na prevenção de acidentes: como implementar do jeito certo na frota Para que a videotelemetria seja um diferencial positivo e esteja totalmente alinhada à LGPD na gestão de frotas, o ideal é adotar uma abordagem estruturada. A seguir, compartilhamos um passo a passo com boas práticas que ajudam a manter a operação dentro da legalidade, promovendo segurança e confiança entre empresa e condutores: Antes de tudo, é essencial estabelecer por que a videotelemetria será utilizada. Seus objetivos são melhorar a segurança dos condutores e investigar sinistros? Ou prevenir fraudes e garantir a conformidade operacional? Essa definição deve estar documentada e acessível para todos os envolvidos. Explique para os condutores o que é a videotelemetria, como ela funciona e quais dados serão coletados. Reforce que o objetivo é a segurança e que não se trata de controle ou punição. Use canais internos, treinamentos e até vídeos para garantir o entendimento de todos. Leia mais: Como elaborar e implementar um programa de segurança da frota É possível monitorar apenas o que é necessário. Foco em imagens externas e internas, sem áudio, já é suficiente para análise de eventos. Afinal, a minimização dos dados é um princípio da LGPD e deve ser seguida à risca. Quais dados são coletados? Por quanto tempo ficam armazenados? Quem tem acesso e como são protegidos? Tenha um documento claro e objetivo que responda detalhadamente essas perguntas. Essa política deve estar disponível para todos os colaboradores da frota. Utilize sistemas com criptografia, controle de acesso e monitoramento constante. Garanta que os dados fiquem armazenados em ambientes seguros, com acesso restrito apenas a quem realmente precisa. Mantenha os dados somente pelo tempo necessário para cumprir sua finalidade. Após esse período, é fundamental eliminar as informações de forma segura e rastreável, como exige a LGPD. Registre todas as ações relacionadas à videotelemetria: reuniões de alinhamento, políticas comunicadas, incidentes analisados, exclusão de dados. Essa documentação pode ser crucial em auditorias ou questionamentos legais. Leia mais: Riscos de responsabilidade criminal: atenção às questões jurídicas que envolvem a gestão de frotas A escolha do fornecedor de tecnologia certo faz toda a diferença. Soluções como as da Golfleet já nascem pensadas para estar em conformidade com a LGPD, oferecendo ferramentas seguras, suporte técnico e transparência nos processos. Adotar essas medidas ajuda o gestor a transformar a videotelemetria em um aliado estratégico — que, além de proteger vidas e otimizar a operação, reforça o compromisso da empresa com a ética, a legislação e o respeito aos profissionais da estrada. Isso porque a videotelemetria da Golfleet não tem como objetivo controlar ou vigiar os condutores, mas sim promover um ambiente mais seguro, justo e eficiente para todos os envolvidos. Leia mais: ROI da tecnologia de segurança de frota: como transformar custo em investimento A missão da Golfleet vai além da eficiência operacional: é sobre preservar vidas. Tendo isso em mente, o nosso sistema de videotelemetria contribui diretamente para esse objetivo ao: Um exemplo prático é a detecção de fadiga ou distração do condutor e a emissão de alertas sonoros e humanizados. Isso permite que a empresa atue preventivamente com alertas e reforce as orientações sobre as pausas para descanso. Em vez de punições, a empresa pode adotar uma abordagem de melhoria contínua, com treinamentos personalizados de acordo com os dados gerados pelo sistema de videotelemetria. Onde os condutores se sentem parte do processo de segurança. Campanhas internas podem ser reforçadas com vídeos reais (anonimizados) para ilustrar boas práticas ou situações de risco. Empresas que adotam videotelemetria colhem os frutos de menos acidentes e de uma carteira de seguros mais leve ao conseguir comprovar o comportamento adequado dos condutores em situações de trânsito. Iniciativas assim reforçam que o condutor é um parceiro estratégico na segurança da frota e não um alvo de vigilância. A videotelemetria, quando bem comunicada e aplicada, eleva a confiança mútua entre empresa e equipe de campo. Leia mais: Videotelemetria: uma virada de chave para a segurança no trânsito A videotelemetria não é uma ferramenta de controle, mas sim de proteção e inteligência. Quando bem implementada, ela respeita a LGPD, fortalece a relação com os colaboradores e ainda potencializa os resultados da gestão de frotas. Na Golfleet, acreditamos que tecnologia e responsabilidade precisam caminhar juntas. E é por isso que oferecemos soluções que combinam inovação, segurança e conformidade legal, sem abrir mão do respeito a quem está no centro de tudo: o condutor. Quer saber mais sobre como a videotelemetria pode transformar a sua frota? Fale com um dos especialistas Golfleet.
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Como garantir a conformidade da videotelemetria com a LGPD na prática?
1. Defina a finalidade com clareza
2. Comunique com transparência
3. Colete apenas os dados essenciais
4. Implemente uma política de privacidade
5. Garanta a segurança das informações
6. Estabeleça prazos de retenção e descarte de dados
7. Documente tudo
8. Conte com parceiros confiáveis
Videotelemetria como aliada da segurança no trânsito
Golfleet é tecnologia com propósito e responsabilidade